O novo recorde de produção estimado para a safra agrícola de 2023 será puxado por um aumento na produção de soja, após a quebra de 2022, mostram os dados do terceiro e último Prognóstico da Produção Agrícola, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a estimativa, a produção total de grãos deverá totalizar 296.209 milhões de toneladas este ano, um aumento de 12,60% em relação ao volume de 2022.
Com forte recuperação após a quebra de 2022, causada pela seca da região Sul no verão passado, a produção de soja deverá atingir o recorde de 148.4 milhões de toneladas, com aumento de 24,10% em relação ao ano passado. Entre o segundo prognóstico, de novembro de 2022, e o terceiro, de dezembro, o IBGE elevou a estimativa para a safra de soja em 1,30%.
Safra de milho
A produção total de milho deverá totalizar 116.4 milhões de toneladas, um aumento de 5,70% em relação a 2022, renovando o recorde da série histórica do IBGE. Em 2022, a forte alta de de 36,40%, na produção da segunda safra de milho garantiu a safra recorde de grãos.
Para a primeira safra de milho de 2023, o IBGE estima uma produção de 29.6 milhões de toneladas, um aumento de 16,20% em relação à safra de 2022, “com destaque para a produtividade das lavouras, que deve aumentar 13,90%”, segundo a nota divulgada pelo órgão de estatística.
Para a primeira safra de milho de 2023, o IBGE estima uma produção de 29.6 milhões de toneladas, um aumento de 16,20% em relação à safra de 2022, “com destaque para a produtividade das lavouras, que deve aumentar 13,90%”, segundo a nota divulgada pelo órgão de estatística.
Para o milho de segunda safra, que nos últimos anos tem respondido pela maior parte da produção total, o IBGE estima 86.9 milhões de toneladas, um aumento de 2,50% em relação a 2022.
Algodão
Se a nova safra recorde prevista para 2023 será garantida pelos principais produtos da agricultura brasileira, a soja e milho, as produções de arroz e de feijão deverão registrar queda, enquanto a safra de algodão poderá manter seus níveis elevados, informa o IBGE.
A estimativa do instituto para a produção do algodão herbáceo em caroço é de 6.8 milhões de toneladas, um aumento de 1,30% em relação ao ano anterior. Em 2022, a produção de algodão cresceu 15,20% em relação a 2021. “Em 2022, o clima favoreceu a produção do algodão, notadamente na segunda safra, época em que a maior parte da cultura é cultivada”.
Arroz e feijão
Já as produções de arroz e feijão, destinadas ao abastecimento do mercado interno, deverão cair em 2023. A safra de arroz deverá totalizar 10.3 milhões de toneladas, segundo o prognóstico do IBGE. Se confirmada, a safra será 3,40% menor do que a de 2022, com uma redução de 4,30% na área a ser colhida. Apesar da queda, o IBGE avalia, em nota, que “essa produção deve ser suficiente para abastecer o mercado brasileiro”.
Já a produção total de feijão deverá totalizar 3 milhões de toneladas em 2023, na soma de suas três safras, estima o instituto. Se confirmada a projeção, será uma queda de 3,2% em relação à safra colhida em 2022.
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Cuidados na colheita
No momento da colheita, esteja de olho em fatores como planejamento, logística, maquinário, mão de obra, tempo de colheita e cultura a ser colhida. As condições ambientais também devem ser consideradas para garantir a eficiência da operação e a qualidade dos grãos.
Planejamento e logística: estime a quantidade de horas necessárias para colheita de todas as áreas. Considere a máquina, a cultura a ser colhida, o tipo de solo, o ambiente, etc.
Maquinário e mão de obra: é importante saber quais recursos são necessários para efetuar a colheita das áreas na época correta e sem desperdício de tempo. Organize o número e tipos de máquinas, suas manutenções e pré-preparo, a disponibilidade e experiência de operadores e a capacidade de armazenamento dos produto colhido;
Material vegetal e tempo de colheita: conhecer e monitorar a cultura no campo te ajuda a tomar a decisão do melhor momento de colheita. Fatores como o estágio de desenvolvimento da planta, teor de água da matéria verde e maturação do fruto/grão são os indicadores da colheita.
Uma colheita precoce pode trazer embuchamento da máquina e danos aos grãos. Uma colheita tardia pode causar perda de grãos por abertura de vagens ou derrubada de frutos, por exemplo;
Condições ambientais: fatores como chuva, vento, insolação e temperatura podem causar problemas na colheita. Dias consecutivos secos e com alta temperatura podem desidratar rapidamente o material vegetal, enquanto que dias de chuva podem aumentar a umidade da planta e postergar a data de colheita. Esses fatores podem alterar não só as condições da planta, mas também do solo, podendo limitar a entrada de maquinários mais pesados.